segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Bombinhas_SC


BOMBINHAS – SC
História & Cultura

A história de Bombinhas começa muito tempo antes da colonização. Os sítios arqueológicos, inscrições rupestres, oficinas líticas e a própria denominação de locais, como a Ilha do "Macuco", atestam a existência de tribos indígenas, na sua maioria tupi, na península. A localização dos sambaquis mostra que os índios preferiam morar perto do mar e viviam da pesca e cultivo de mandioca.

No ano de 1527, Sebastião Caboto, a serviço do rei da Espanha, chegou a enseada de Zimbros , dando-lhe o nome de são Sebastião, ocasião em que levou quatro nativos brasileiros para a Europa. Entre 1748 e 1756 foram enviados para todo o litoral catarinense, cerca de 6.071 pessoas, vindas das Ilhas dos Açores, território português. Algumas famílias fixaram-se nas imediações da Enseada das Garoupas, hoje Porto Belo, dando o nome de Nova Ericeira. Tempos depois, a península passou a se chamar Porto Belo. Com eles, vieram sua cultura popular, como as técnicas de pesca, o boi na vara, o carro de boi, a olaria de cerâmica utilitária e decorativa, a renda de bilro, etc. A chegada do colonizador conduziu às mudanças de costumes e, inclusive, do modo de ocupação das terras em relação aos indígenas. Os colonizadores preferiram fixar-se nos morro e dedicaram-se sobretudo, à agricultura.

Com auto-suficiência, a comunidade plantava, pescava, fazia farinha, açúcar, café em pó e escalava o peixe para conservar. Produzia suas roupas e, também, cestos, louças de barro, sabão e óleo de peixe para a iluminação. A fabricação da canoa de um pau só também é uma arte herdada dos índios carijós. O nome se dá por ser construída em um único tronco de madeira entalhado, que ganha a forma de canoa. O garapuvú, árvore abundantemente encontrada na região é preferida em função de sua leveza e por possuir o tronco reto em seus nós. A maioria dos pescadores de Bombinhas, mantém com extraordinário capricho as canoas herdadas dos avós, muitas delas com cerca de 100 anos.

Após 1960 a população desocupou o morro, passando ocupar a parte plana; a ela se adicionou uma população flutuante, na temporada de verão. A comunidade foi beneficiada pela melhoria das estradas de rodagem, pela disponibilidade de transportes coletivos, rede de água e eletricidade. A vinda dos primeiros turistas anunciava uma transformação na localidade e uma rápida ocupação. Na década de 70 cresceu rapidamente o número de casas de praia dos veranistas, sendo que nesta etapa, outras atividades vieram complementar a renda familiar. A Cidade que vivia da pesca passou a incrementar a renda familiar através do turismo, tanto pela locação de suas residências como com estabelecimentos comerciais.

A partir dos anos 90, o fluxo de turistas aumenta a cada ano, e em 1992 a população vota a favor da emancipação política de Porto Belo. Atualmente, possui boa infra-estrutura turística, com ótimos hotéis e restaurantes, além de opções de lazer e entretenimento, que fazem de Bombinhas a décima quarta cidade mais visitada do país, em viagens de lazer.

Toda a península que compõe o município abriga lendas misteriosas e praias de areias brancas e águas transparente emolduradas por morros verdejantes. O principal atrativo turístico de Bombinhas é o seu patrimônio natural formado por uma rica diversidade biológica que se encontra distribuída na Floresta Atlântica, praias, rios, mangues, dunas, restingas, baía, enseada, rochedos, ilhas oceânicas. Bombinhas oferece aos seus visitantes diversificadas opções de lazer e esporte, principalmente aquáticos, para todos os gostos e idades. Tudo isso aliado à farta gastronomia.

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