segunda-feira, 14 de março de 2011

Miguel Pereira_RJ


Miguel Pereira_RJ

Localizada a 119 km da capital do Rio de Janeiro, Miguel Pereira oferece um clima ameno, com boas pousadas e restaurantes, a aproximadamente 620 metros de altitude.

Além de trilhas e cachoeiras, Miguel Pereira, considerada a cidade com o terceiro melhor clima do mundo, também possui um parque eqüestre e um viaduto ferroviário, com 82 metros de comprimento, que é o único em ferro e em curva do mundo.

Historia & Cultura

Localizado no flanco mais interno da Serra do Tinguá, Miguel Pereira ainda é um município bastante jovem (tem apenas 52 anos de emancipação político-administrativa), porém desfruta de um prestígio invulgar no Estado do Rio. De fato, a antiga Estiva não usufruiu das benesses sócio-econômicas proporcionadas pela Época cafeeira que enriqueceu os vales dos rios Paraíba do Sul e Santana, fazendo de suas belezas naturais e de seu clima privilegiado o mote de um apreciável crescimento social e urbano no decurso das primeiras décadas do século XX. Em finais do século anterior, entretanto, o advento da estrada de ferro pelas montanhas já carreara enorme carga de progresso tanto para Miguel Pereira quanto para Governador Portela (hoje seu 2º Distrito), possibilitando assim a chegada de imigrantes de múltiplos matizes e comerciantes das mais variadas tendências mercantis, cujas atividades determinaram, em pouco tempo, um significativo fomento arquitetônico e demográfico para a área assentada entre as colinas da Serra do Couto.

Por conseguinte, as atividades turísticas, a ampla divulgação levada a efeito no Rio de Janeiro pelo Professor Miguel Pereira, as excelências do clima, a fertilidade do solo, as riquezas trazidas pela ferrovia nos primórdios do século XX e, principalmente, a instalação de diversas colônias de férias e alentados cassinos pelos vários hotéis da cidade constituíram fatores de extrema relevância para a prosperidade de toda a área serrana, levando Miguel Pereira e Governador Portela a um estágio econômico e a um crescimento urbano de tal ordem que sua emancipação, em 1955, veio se impor de forma quase natural de tão necessária.

Por outro lado, a desativação da ferrovia, em meados dos anos setenta, provocou não apenas consideráveis prejuízos financeiros em toda nossa região como, em especial, imensos problemas sociais no município, mas baseado na fibra que tanto caracteriza o homem da roça e da serra, o povo miguelense voltou-se para atividades comerciais e turísticas mais específicas e diferenciadas, tentando, pela força do trabalho e pelo típico otimismo do brasileiro, manter bem vivo este cantinho luminoso e pacífico onde viver ainda é um processo extremamente agradável...

Ciclo do Café
De 1770 a 1890. Apogeu da produção do café nas grandes propriedades de Valença e Rio das Flores, além dos cafezais nas fazendas do Secretário (Vassouras), Piedade, Manga Larga, Monte Líbano, Monte Alegre e Palmeiras (na área de Paty do Alferes e em parte da região do atual município de Miguel Pereira), as cinco últimas pertencentes a Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o 2º Barão de Paty do Alferes. Tal período caracterizou-se também por uma intensa produtividade pecuária e agrícola (tais como a criação de aves, bovinos e suínos e o cultivo de milho, trigo, mamona, feijão) graças ao expressivo trabalho escravo nas grandes fazendas serranas. Fase de crescimento da Vila de Paty do Alferes, nascimento da Freguesia de Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá e ainda da Vila de Vassouras, esta logo constituída em Município em 1833. Tal ciclo assistiu também à derrocada da cafeicultura no vale do Paraíba em conseqüência tanto da Abolição da Escravatura quanto do irremediável e progressivo esgotamento do solo.

Construção da Cidade
De 1920 a 1950. Caracterizado principalmente pela troca do nome Estiva para Miguel Pereira. Chegada de novas levas de imigrantes, entre eles as importantes famílias Ahouage, Dau, Farah, Levy, Barile, Januzzi, Perriconi, Badolati, Deister, Wängler e outras. Incremento considerável do comércio e da hotelaria, este último ramo fazendo nascer na região os hotéis Mano, Lido, Guaporé, Suíça, Javary, Roma, Summerville e dos Turistas, entre outros, alguns deles abrigando alentados e concorridos cassinos. Aparecimento da luz elétrica na região no ano de 1927, fornecida pela pioneira empresa Companhia Força e Luz Vera Cruz fundada por Ângelo Lagrotta e Edmundo Peralta Bernardes. Surto de peste bubônica na Vila (em 1938) e grande enchente de toda região serrana em 1945.

Emancipação
De 1951 a 1955. Amplos movimentos políticos em Miguel Pereira e em Governador Portela voltados para a liberação das atividades político-administrativas então centralizadas em Vassouras, até então município-mãe de Miguel Pereira, comandados em especial por alguns notáveis lideres locais, entre eles Frederico Augusto da Senna Wängler (que seria o primeiro Prefeito do Município), Gastão Gomes Leite de Carvalho, Darcy Jacob de Mattos, Oswaldo Duarte dos Santos, Francisco Ramos Bernardes, Francisco Marinho Andreiolo, Dr. Carlos Leite, Joaquim Pereira Soares, Antônio da Silva Valente, Aristolina Queiroz de Almeida e seu pai Arthur Monteiro Queiroz, Manoel Guilherme Barbosa, Álvaro Caria, Antônio Valente, José Antônio da Silva e outros mais.


Nenhum comentário: