sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Recife e Olinda (PE)


Recife e Olinda (PE)

Cidades irmãs separadas por apenas sete quilômetros, Recife e Olinda nasceram no período colonial e preservam com orgulho as heranças deixadas pelos portugueses e holandeses – dois povos que disputaram a ferro e fogo, literalmente, os estratégicos pedaços de terra à beira-mar. Dos patrícios restaram os encantos de Olinda, com suas ladeiras tomadas por igrejas, ateliês e restaurantes. Já Maurício de Nassau e sua tropa imprimiram como legado o bairro do Recife Antigo, hoje restaurado, colorido e movimentado.
Tombada como Patrimônio Cultural Mundial, Olinda faz do charme seu cartão de visitas. Com belas construções, mirantes e galerias de arte, surpreende os visitantes também de maneiras singelas – pôr do sol digno de salva de palmas, missas cantadas por monges e freiras, desfiles de blocos de maracatu em plena tarde de domingo...

O ritmo, aliás, juntamente com o frevo, predomina no Carnaval da cidade, um dos mais concorridos do país, caracterizado pelos bonecos gigantes. O bucolismo estende-se ainda pelos bares e restaurantes que tomam a rua do Amparo, o pólo cultural de Olinda.

Já na capital pernambucana, o visual das ladeiras é substituído por uma paisagem cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando um bairro ao outro. Em cada ponto, atrativos que remetem às características marcantes das principais capitais nordestinas. Recife tem praia urbana perfeita para banhos assim como João Pessoa e Maceió; efervescência cultural semelhante à de Salvador e Fortaleza; e conjuntos arquitetônicos tão imponentes quanto os de São Luis do Maranhão.

De Boa Viagem – bairro que dá nome à democrática praia - ao Recife Antigo, que tem a rua do Bom Jesus como referência, há muito o que ver e fazer. São igrejas, casarios coloniais e museus que guardam a rica história do estado. A metrópole reserva ainda uma infinidade de restaurantes especializados em frutos do mar e uma vida noturna animada, embalada pelos ritmos pernambucanos.

Nos arredores das cidades, a beleza natural é a marca registrada. Para o Norte ou para o Sul, em um raio de cem quilômetros, destinos como Cabo de Santo Agostinho, Porto de Galinhas e Maria Farinha convidam a passeios que podem ser feitos em um dia. No roteiro, praias para todos os gostos e estilos.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Caruaru (PE)


Caruaru (PE)

Caruaru divide com a paraibana Campina Grande o título de maior festa de São João do país. Não é para menos, levando em conta que o arrasta-pé reúne quadrilhas com até quatro mil componentes! Durante o mês de junho, o Parque de Eventos, no Centro da cidade, se transforma em um típico arraial, com cenografia, barraquinhas de guloseimas, fogueira e muito forró. Fique de olho na programação e não deixe de assistir às apresentações das bandas de pífanos e aos desfiles de bacamarteiros, manifestações singelas, tradicionais e eternizadas na arte de Mestre Vitalino.

E por falar no estimado artesão, visitar o bairro do Alto do Moura é passeio obrigatório. Lá está a casa onde o mestre viveu - hoje transformada em museu - e dezenas de ateliês de artistas locais que seguiram os passos do pioneiro. Os belos trabalhos em cerâmica representam cenas da vida nordestina e seus personagens, como retirantes, cangaceiros e trios de forró. Aproveite para experimentar os pratos regionais à base de carne-de-sol e bode na brasa, servidos nos bares e restaurantes da área.

Além dos ateliês, as peças podem ser apreciadas também no Museu do Barro, onde estão obras originais de Vitalino e de artesãos de outras cidades do estado. Já no Museu do Forró, os destaques ficam por conta dos objetos pessoais, das fotos, dos documentos e dos instrumentos musicais do cantor e compositor Luiz Gonzaga.

Caruaru abriga também a maior feira livre do Nordeste. São centenas de barracas espalhadas por uma área de 20 mil metros quadrados, onde há de tudo: peças artesanais de barro, couro, palha e renda, comidas típicas, ervas medicinais e artigos eletrônicos, além de interessantes trabalhos em cordéis. Sábado é o dia mais concorrido, com apresentações de cantadores, violeiros e bandas de pífanos.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Praia do Forte_BA


Praia do Forte
  
Um dos destinos mais badalados da Linha Verde - estrada que liga a Bahia ao Sergipe - a Praia do Forte tem apenas 14 quilômetros, mas oferece belezas de encher os olhos. Ao longo da preservada orla, a moldura é formada por areias claras, coqueirais, recifes e mar cristalino repleto de cardumes coloridos. Ao redor, as atrações ficam por conta das reservas ambientais e das ruínas do Castelo Garcia d'Ávila, a primeira fortificação portuguesa em terras brasileiras.

Desde a década de 80, a Praia do Forte abriga a principal base do Projeto Tamar - responsável por estudar e proteger as tartarugas marinhas. Tal ação foi fundamental para a preservação da vila que, mesmo concorrida na alta temporada, mantém a natureza da região intocada.

Além disso, a sede do projeto é um dos mais interessantes atrativos locais - o espaço conta com tanques de criação, aquários e biólogos de plantão para acompanhar a visita. Quem estiver na área entre os meses de dezembro e fevereiro ainda ganha um bônus - pode participar do emocionante processo de soltar as tartaruguinhas recém-nascidas no mar.

Nem só de natureza, porém, vive a Praia do Forte. No centrinho, fechado ao tráfego de carros e batizado de Vila, dezenas de bares e restaurantes descolados, pousadas charmosas, lojinhas de artesanato e joalherias tomam conta da avenida, das vielas e dos shoppingzinhos.

O glamour aumenta a cada temporada, mas a praia faz questão de conservar sua atmosfera rústica e, para isso, não abre mão da igrejinha branca à beira-mar, das ruas de terra, das casinhas caiçaras e dos coloridos barquinhos de pescadores.